Julgados - Direito Penal - Quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
O 2º Tribunal do Júri do Rio condenou, na madrugada de ontem (dia 29 de novembro), Andréa de Carvalho Padilha e seu amante, Sebastião Alexandre Dantas, a, respectivamente 18 e 16 anos de reclusão, pela morte do marido de Andréa, o sargento do Exército Alexsandro Brito Padilha, em 2001. Por maioria de votos, o júri entendeu que o taxista autônomo Alexandre Dantas foi o autor dos disparos que lesionaram a vítima, e que Andréa foi a mandante do crime. O julgamento começou às 9h30 do dia 28 e terminou às 02h30 da madrugada do dia 29 e foi presidido pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal da Capital, Luiz Noronha Dantas.
Segundo a sentença, os réus são primários e, embora não tenham antecedentes desabonadores, mostraram possuir personalidades distorcidas, além de terem usado de extrema covardia para a prática do crime. Para o juiz, os acusados se valeram ainda de maquiavelismo e elaborado mecanismo homicida, “numa demonstração ímpar de impressionante e incomum intensidade de dolo, na elaboração de um longo, intricado e sofisticado estratagema, absurda insensibilidade e indisfarçável cupidez”.
Na decisão, Luiz Noronha falou também que o regime para o cumprimento das penas de Andréa (30 anos de idade) e Sebastião (35 anos) será integralmente fechado, por ser o delito classificado, em legislação própria, como sendo de “natureza hedionda”, condenando ainda ambos os réus ao pagamento das custas processuais. Ele também determinou que fossem expedidos mandados de prisão.
“Trata-se de crime de extrema gravidade, daqueles que causam, como efetivamente aconteceu, grande revolta na sociedade, ganhando significativa cobertura da imprensa jornalística e gerando expressivo clamor público, de forma que a custódia cautelar dos acusados visa, também, a preservar a ordem pública, além de garantir a efetiva aplicação da lei penal”, afirmou o juiz.
Alexsandro Brito Padilha foi morto com dois tiros na cabeça em 25 de setembro de 2001. O seu corpo foi encontrado numa praia da Barra da Tijuca. Andréa e Sebastião, segundo testemunhas, pretendiam ficar com a pensão, seguro de vida e apartamento da vítima.
Além de Andréa e Sebastião, será também julgada a acusada Karla, que teve o processo desmembrado. Ela participou do crime e serviu como uma espécie de “isca”, atraindo o sargento para a morte. O julgamento dela está previsto para o próximo dia 16 de dezembro, também no 2º Tribunal do Júri.
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