Notícias - Diversos - Terça-feira, 14 de junho de 2005
O acento indicativo de crase poderá ser eliminado da língua portuguesa, caso o Projeto de Lei 5154/05, do deputado João Herrmann Neto (PDT-SP), seja aprovado pela Câmara.
Crase é a fusão (ou contração) de duas vogais idênticas em uma só. Em linguagem escrita, é representada pelo acento grave. Segundo o deputado, a crase complica a língua portuguesa e só serve para ´humilhar muita gente`.
Para ele, a maior parte da população brasileira ignora a ocorrência da crase na maioria das expressões em que ela aparece. ´As ambigüidades podem ser desfeitas com o estudo e a análise do texto, sem levar em consideração esse sinal obsoleto que o povo já fez morrer`, defende.
Em sua argumentação, João Herrmann cita diversos escritores, como Moacyr Scliar, que na crônica ´Tropeçando nos acentos` registra: ´A população brasileira se divide em pobres e ricos, mas também se divide em dois grupos, os que sabem usar a crase, a minoria, e a maioria que tem um medo existencial a esse sinal`.
Para João Herrmann, a eliminação do sinal também poderá contribuir para economizar tempo no ensino da Língua Portuguesa. Segundo ele, esse é o erro mais comum, em qualquer tipo de texto, placa, letreiro ou anúncio, e o que mais precisa ser repetidamente corrigido por professores desde o ensino fundamental.
O deputado explica que ´o acento não faz falta nenhuma. Simplesmente deixará de ser escrito`.
As editoras de livros e periódicos terão um prazo de três anos para adaptar suas publicações ao cumprimento da medida. Pelo texto, onde hoje escreve-se ´à`, será escrito apenas ´a`.
O projeto foi encaminhado às comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado, pode ir diretamente à análise do Senado, sem passar por votações em plenário, por ter caráter conclusivo
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